sexta-feira, 19 de novembro de 2010

E porque em Novembro se celebra o dia da Filosofia!

Ser Humano como amante do Conhecimento

   “Filosofia” provém do grego philos( que ama) e sophia (sabedoria), sendo uma forma de vida comum a todos nós, seres humanos racionais, que procura incessantemente o conhecimento, o saber!
    A Filosofia vai até ao limite do questionar, levando o Homem a reconhecer a sua própria ignorância, visto que o que hoje adoptamos como garantido poderá não passar de uma ilusão. As respostas que obtemos às nossas questões são temporárias, podendo a sua veracidade ser questionada a qualquer momento. Cada resposta dirige o ser humano a um “mar de dúvidas”, dúvidas as quais não só asseguram o evoluir do pensamento humano, como asseguram que o homem se mantenha activo, que use o pensamento através do espanto para reflectir sobre o que o envolve de uma forma crítica e racional. É a atitude filosófica que nos conduz a questionar crenças que nos foram incutidas como irrefutáveis, com o objectivo de compreende-las e justificá-las para que façam sentido.
   É esta capacidade que nos distingue dos restantes seres, é o que dá sentido á nossa existência! Filosofia é a tentativa de atingir o conhecimento, uma busca constante de harmonia da nossa mente, para que nos sintamos preenchidos. É amar a sabedoria e tentar constantemente alcançá-la, não se limitando a aceitar dogmas.
   O Homem, enquanto ser humano, sempre foi e será adorador da Sabedoria. Portanto, questiono: poderíamos viver sem a Filosofia? "Poder podíamos... mas não era a mesma coisa!" O admirar e o reflectir são a essência do Homem, e sem estes dois verbos que tanto colocámos em prática no nosso quotidiano não seríamos o que somos!

domingo, 14 de novembro de 2010

Memória de um avô dedicado

Recordo-me de o observar horas a fio durante os domingos, em casa da minha avó. Que saudades do seu cheiro a tabaco, do couro da sua casaca! Como admirava aquele homem que me criou com tanto carinho e amor… Todos os dias, via-o a entrar pela porta da cozinha com o seu chapéu negro que, delicadamente, retirava pousando-o sobre a minha cabeça. E eu, inocente e feliz, pensava que aquele momento seria eterno! Infelizmente, tudo é efémero, e o simpático senhor estranhamente silencioso, abandonou-me. Para um lugar melhor, espero. Avô, não te encontras entre os vivos, mas ficarás para sempre no meu coração! Quiçá um dia te encontre no profundo silêncio e te veja sorrir, uma vez mais …