domingo, 14 de novembro de 2010

Memória de um avô dedicado

Recordo-me de o observar horas a fio durante os domingos, em casa da minha avó. Que saudades do seu cheiro a tabaco, do couro da sua casaca! Como admirava aquele homem que me criou com tanto carinho e amor… Todos os dias, via-o a entrar pela porta da cozinha com o seu chapéu negro que, delicadamente, retirava pousando-o sobre a minha cabeça. E eu, inocente e feliz, pensava que aquele momento seria eterno! Infelizmente, tudo é efémero, e o simpático senhor estranhamente silencioso, abandonou-me. Para um lugar melhor, espero. Avô, não te encontras entre os vivos, mas ficarás para sempre no meu coração! Quiçá um dia te encontre no profundo silêncio e te veja sorrir, uma vez mais …