quarta-feira, 22 de junho de 2011

Desabafo

Não posso, não quero e não me vou lamentar ,no futuro, por não ter feito/dito o que desejava no passado!
Os erros... esses ajudam-me a progredir na busca do sentido da vida, mas a inactividade e o medo não! Falta de coragem? Receio? Incerteza? É inevitável não sentir estas emoções deprimentes que nos puxam um pouco para o fundo e nos remetem ao silêncio e passividade, mas é evitável deixar que estes nos aglutinem!
Sou e somos fortes, a força está dentro de nós, nas pessoas queridas que nos rodeiam, naqueles momentos inesquecíveis de pura alegria... a coragem sempre se arranja :)
O meu desfecho sou eu que o faço, mas mais importante é o percurso que sigo, as decisões que tomo e o que elas acarretam, as pessoas que conheço e a quem dedico o meu carinho, quer tenha sido ou não correspondida, o que partilho com os outros e o que os outros partilham comigo!
É o amor ou a falta dele que guia o homem, não somos meramente seres racionais, somos sensíveis. Dizem que o que distingue e torna o ser humano especial é a racionalidade... mas, pessoalmente, a cada dia que passa, cada vez mais chego à conclusão que é o nosso lado sensível que nos torna felizes.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Reflexão sobre o progresso científico

A ciência proporciona meios e instrumentos ao ser humano que, dependendo da sua utilização, contribuem para a felicidade e bem-estar comum ou, em oposição, causam repercussões a vários níveis como ambiental, social e, inclusive, ao nível da integridade dos indivíduos.

Não há qualquer dúvida de que a ciência e o seu progresso se apresentam como necessários e importantes para a sociedade. Mas, a própria população e o contexto histórico e social em que está inserida influenciam o conhecimento científico em si. Os cientistas, sendo seres humanos como todos os outros, estão inseridos numa determinada sociedade num contexto especifico, logo, as suas investigações são movidas pelas necessidades que lhes são apresentadas, sendo poucos os que pretendem atingir uma verdade “impraticável”.O que pretendo transmitir é que não devemos nem podemos culpar a ciência em si e as descobertas que dela advêm … mas sim o ser humano! É o Homem que, com a sua ganância e sede de poder, manuseia o que têm ao seu dispor de acordo com os seus interesses. É ele o responsável pela má aplicação da ciência e de todos os riscos que dela advêm.

Vejamos, por exemplo, as reacções nucleares induzidas e a bomba atómica que não só assassinaram, negando o direito à vida de milhares de pessoas, como comprometeram a vida de muitos outros inocentes. Será a culpa de Einstein que “apenas” se limitou a investigar o poder dos elementos, sem fins destrutivos? Ou será dos nossos governadores que, sabendo os riscos e os efeitos devastadores da sua utilização, optaram por dizer sim ao seu uso devido ao contexto económico em que estão inseridos? Na minha perspectiva, apesar de ambos terem contribuído para o desencadear infeliz do desfecho trágico, a diferença entre culpado e inocente reside na intenção!

Infelizmente, o Homem tem vindo a colocar os seus interesses como prioridade, utilizando o conhecimento científico e as suas aplicações de formas desastrosas e desequilibradas. Não é correcto cingirmo-nos aos interesses dos mais poderosos e dirigirmos a evolução da ciência nesse sentido!

Uma reflexão cuidada e minuciosa por parte do Homem acerca das consequências dos seus actos e da abrangência dos benefícios que advêm do progresso científico apresenta-se como condição necessária, mas insuficiente! Agir é imperativo! O planeta Terra e a vida humana são demasiado preciosos para que nós permitamos que o ser humano movido pela sua ânsia de poder os aglutine.


sexta-feira, 25 de março de 2011

Todos


Todos nós amamos inconscientemente.
Todos nós balançamos mesmo quando estamos seguros.
Todos nós cantamos algo ao vento.
Todos nós duvidamos do que nos é apresentado como obscuro.
Todos nós existimos na memória de alguém.
Todos nós falhamos, isso não faz de nós vencidos.
Todos nós gritamos por mais ténue que seja a nossa voz.
Todos nós hesitamos em certo ponto da nossa vida.
Todos nós imaginamos o nosso próprio mundo perfeito.
Todos nós julgamos o que nos rodeia.
Todos nós lamentamos determinados momentos que ocorreram no passado.
Todos nós mentimos e temos noção disso.
Todos nós nascemos e fomos concebidos da mesma maneira.
Todos nós oprimimos alguém inconscientemente.
Todos nós permitimos que a vida nos abrace, acarretando com tudo o que ela inclui.
Todos nós queremos ser felizes à nossa maneira.
Todos nós receamos cair.
Todos nós sorrimos em momentos de pura felicidade.
Todos nós tememos o fracasso.
Todos nós uivamos à lua para permitir que o sol nos ilumine.
Todos nós vemos algo que ninguém mais vê.
Todos nós zelamos pelo bem de quem nos é querido.

Todos nós somos alguém.
Todos nós existimos num mundo de todos.
Todos ... todos... todos... e mais algum, mas no fim sós.